A área plantada com soja transgênica em Mato Grosso aumentou 7,25% na safra 2010/2011, em relação a temporada anterior. São 3,741 milhões de hectares neste ciclo agrícola, contra 3,488 milhões de hectares registrados na safra 2009/2010. Com o desempenho atual, o Estado detém 14,7% da área cultivada com sementes geneticamente modificadas espalhadas pelo país, incluindo várias culturas.
O relatório anual do Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (Isaaa, na sigla em inglês) mostra que o Brasil é o segundo no ranking mundial onde há maior produção de sementes transgênicas, com 25,4 milhões de hectares. A liderança é dos Estados Unidos onde 66,8 milhões de hectares são plantados com produtos geneticamente modificados. Os dados mato-grossenses, apurados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), apontam que na safra atual o Estado cultivou a oleaginosa transgênica em 59,9% da área destinada para o plantio do grão, totalizando 6,241 milhões de hectares. Na temporada passada, eram 54,4% de uma área de 6,413 milhões de hectares. Segundo o superintendente do Imea, Otávio Celidônio, no Estado há uma oferta maior da soja modificada. "O custo dessa semente chega a ser 20% maior que a soja convencional. Porém não é preciso usar muito herbicida". O gerente técnico da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), Luiz Nery Ribas, que integra a diretoria do programa Soja Livre, ressalta que tanto em questão de produtividade quanto de custo a soja geneticamente modificada equivale ao grão convencional. Ele explica que o plantio da oleaginosa transgênica necessita de pouca interferência operacional se comparada a outra variedade. "Os custos são semelhantes. A soja convencional necessita do uso de produtos para evitar o crescimento de matos, já para o plantio da transgênica é preciso um tipo específico de produto, cujo preço aumenta de acordo com a demanda". Ele acrescenta que alguns compradores de soja convencional acabam pagando mais pelo produto. "Chega a valer entre R$ 1 e R$ 5 a mais por saca". Apesar de haver um número maior de produtores que optem pela soja transgênica, ainda há em Mato Grosso sojicultores que não dispensam o uso do grão convencional. É o caso de José Rezende que plantou na última safra 2 mil hectares da soja tradicional na região Leste do Estado. "Já plantei o grão modificado que não me trouxe muito retorno. Por isso tenho preferência pela convencional".
Fonte: Rural MT.
Fonte: Rural MT.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Gostou comente, não gostou então tambem comente!